Hoje foi terrível para quem vive por estas bandas do Brasil. A fumaça e as queimadas ao meu ver estiverem em climax hoje. (ver fotos acima, todas foram tiradas de um mesmo ponto. A cidade ao fundo é Cacoal - RO.)
A primeira foto foi tirada há uma semana atrás, a outra foi tirada há dois meses.
O dia foi de muito calor, o ar seco e intragável. As autoridades nada fazem para combater os incêndios indiscriminados.
Pudera! com certeza, trancados em seus castelos refrigerados por ar condicionados, não sentem na pele o que nós sentimos, o que as nossas crianças estão sentindo, sem poderem reclamar.
Estamos sem atitude. Estamos sem nervos para o combate. Se realmente o Estado pensa em crescimento, não será desta forma que ele chegará.
Pense bem: Rondônia poderia atrair milhares de turistas nessa época do ano, justamente porque tempos um clima diferenciado dentro da Amazônia, embora, equatorial quente e úmido, aqui em Rondônia a nossa estiagem é mais prolongada. Isto poderia atrair turistas de diversas partes do país para conhecer nossas centenas de praias que orlam os nossos rios, entre outros potenciais turísticos que venham a ser explorados.
Por outro lado, garanto a qualquer um que a fumaça aqui em nosso Estado, nunca foi e nem nunca será atração turística. Só quem está por aqui há algum tempo é quem ainda consegue ainda discernir tudo isso.
Para não deixar em branco esse último dia de setembro, posto abaixa uma poesia que escrevi em setembro do ano passado (21/9/2005). Assim como hoje, naquela ocasião as coisas também não estavam boas não.
SETEMBRO
Setembro passa
Rápido, pois a fumaça
Não canta dia-a-dia
Não traz o nascer do sol
Com flores sorridentes
Igual rosto de mulher.
Setembro passa
Estás cruel como navalhas
Teu cheiro é de vida
Queimada pelo homem
Que espera a vida?
Setembro passa
Estás sufocado?
Passa assim mesmo
Deixa teu sabor de uva passa
Torturado pelos incêndios